Em tarde de domingo, o Fantasma não consegue assombrar o Dragão.

No domingo (21/02/2010) o Santa Helena foi a Goiânia enfrentar o Atlético no Estádio Antônio Accioly na abertura do 2º Turno do Goianão. O Santa Helena defendia um tabu que já passava de 13 anos sem derrota para o time campineiro, nos últimos 9 jogos o Santa Helena havia conseguido 9 vitórias sobre o Alético; mas essa seqüencia de derrotas, a última havia sido na quarta feira (17/02/2010), deixou a equipe atleticana “entalada” com o time helenista; o time atleticano entrou em campo determinado a vencer a partida a qualquer custo, e venceu, 4 a 2 para o Atlético.

O técnico do Santa Helena Junio Pezão, usou um sistema de jogo cauteloso para enfrentar o Atlético, 3 volantes e apenas um atacante de ofício; o técnico interino do Atlético Coutinho, mandou a campo o que ele tinha de melhor, escalou um time ofensivo, como sempre joga o Atlético; os jogadores do Atlético tinham uma motivação a mais para a partida, o técnico Geninho que foi contratado para o lugar de Artur Neto estava em uma cabine do estádio, observando a atuação de cada jogador para depois assumir o comando na segunda feira.

O jogo começou e o Atlético tomou a iniciativa do jogo, pressionava a equipe do Santa Helena que dificilmente ia ao ataque; o Santa Helena se defendia bem, e o Atlético não conseguia chegar com qualidade ao gol helenista.
A primeira boa chance do jogo foi do SHEC, no contra ataque Eder recebeu no meio de campo, conduziu, deu um drible da vaca no marcador, entrou na área, e ficou de frente pro gol, mas na hora do chute, Pituca chegou travando e a bola foi para o escanteio.
A primeira boa oportunidade do Atlético foi com Robston, em cobrança de falta; enquanto o time do SHEC pensava que ele cruzaria a bola, ele manda direto, e por pouco não abre o placar.
O habilidoso Rodrigo Tiuí vai pra cima da defesa do SHEC e passa pra Juninho que recebe dentro da área, o volante Escobar dá um puxão na camisa de Juninho e ele cai, o árbitro dá pênalti; na cobrança, as 31 minutos, Elias manda forte e alto, o goleiro Luiz Almeida cai no canto esquerdo, (ACG 1 x 0 SHEC).
Enfrentando a boa marcação do Santa Helena, Juninho e Rodrigo Tiuí poucas oportunidades tem de ampliar o marcador no 1º tempo; o SHEC tem boa chance de empatar aos 45 minutos com Jean Carlos, que recebe cruzamento na área, domina, mas não tem calma para marcar, e a bola sai a direita do goleiro Márcio.

No segundo tempo, o Atlético volta a fim de liquidar de vez com a partida, aos 10 minutos, Rodrigo Tiuí recebe lançamento pela esquerda, se livra da marcação e passa para Juninho, que avança, e na entrada da área manda no canto direito de Luiz Almeida, a bola bate na trave o morre no fundo das redes (ACG 2 X 0 SHEC).
Com a desvantagem no placar o técnico do SHEC Junio Pezão cria ousadia e mexe no time: manda a campo o argentino José Amarilla no lugar de Jean Carlos e o atacante Markley no lugar do volante Escobar; o time melhora, mas aos 22 minutos o lateral direito Roan, cansado pede pra sair; entra Róbson Goiano, e em poucos instantes se contunde sozinho, em um lance isolado na defesa helenista, o SHEC fica com 1 jogador a menos em campo.
Com a vantagem numérica, o time do Atlético parte pra cima pra golear o time helenista, encontra facilidade para tabelar no meio campo; aos 27 minutos Ramalho lança para Robston, Robston tabela com Marcão, e passa pra Juninho que manda na saída do goleiro Luiz Almeida (ACG 3 x 0 SHEC).
A torcida atleticana fazia a festa pensando que viria uma goleada histórica, quando que na saída de bola, aos 28 minutos, Marclei recebe a bola, avança, e chuta de longe, o goleiro Márcio ainda toca na bola, mas ela só para nas redes (ACG 3 x 1 SHEC); a vontade do time helenista é tanta, que quando um jogador vai pegar a bola nas redes pra recomeçar o jogo, Marclei pega outra bola na linha de fundo e volta correndo pro meio do campo.
O Santa Helena vai pra cima, e aos 37 minutos, numa bela jogada de Keninha ele passa para Amarilla, Amarilla coloca Eder frente a frente com o goleiro Márcio, Eder manda no canto esquerdo do goleiro, sem chances para o Márcio (ACG 3 x 2 SHEC).
O Santa Helena pressiona em busca do empate, a equipe do Atlético fica assustado com a reação do time helenista; mas era tarde de domingo, não é horário pra fantasma ficar assustando qualquer um, ainda mais um dragão; e o dragão tem uma ajuda extra da bruxa, a bruxa tava solta, tava mesmo; aos 43 minutos, Carlão e Marclei discutem, Marclei agride Carlão, e o árbitro Olivaldo Pereira expulsa Marclei, o SHEC fica com 2 jogadores a menos, acabando a sua força de reação.
Aproveitando do descontrole emocional do SHEC e da vantagem numérica, o Atlético vai ao ataque nos acréscimos, aos 47 minutos Juninho manda uma bomba de fora da área, o goleiro Luiz Almeida bate roupa, e Marcão chega sozinho pra conferir e espantar de vez o Fantasma (ACG 4 x 2 SHEC).

No duelo do melhor ataque contra a melhor defesa, venceu o melhor ataque; mas continua da mesma forma: o Atlético tem cada vez mais o ataque mais positivo, agora com 25 gols marcados; e o Santa Helena mesmo levando 4 gols ainda tem a melhor defesa, agora ao lado do Vila Nova que também sofreu apenas 11 gols até o fechamento da 1º Rodada do 2º Turno.

Ficha Técnica:

Atlético X Santa Helena
Local: Estádio Antônio Accioly (Goiânia)
Data: 21/02/2010 (domingo)
Árbitro: Olivaldo Pereira. Assistentes: Jesmar Miranda e Orismar Godoy. 4º Árbitro: Waldomiro Jackson
Renda: R$ 56.197,00
Público: 3.872 Pagantes
Cartões Amarelos: Rodrigo Tiuí, Weslley, Wescley, Ramalho, Alisson e Marcio (Atlético) e Escobar e Jean Carlo (Santa Helena).
Cartão vermelho: Marclei (Santa Helena)
Gols: Elias 31’/1T, Juninho 10’ e 27’/2T e Marcão 47’/2T (Atlético); Marclei 28’/2T e Eder 37’/2T (Santa Helena)
Atlético: Márcio; Weslley, Gilson, Wescley e Alysson; Pituca (Agenor), Ramalho, Robston e Elias (Anailson); Juninho e Rodrigo Tiuí (Marcão)
Técnico: Coutinho (interino)
Santa Helena: Luiz Almeida; Roan (Robson Goiano), Carlão, Preto Marabá e Paulo César; Escobar (Marclei), Evandro, Maurinho, Keninha e Jean Carlos (José Amarilla); Eder
Técnico: Junio Pezão